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O fone de ouvido nosso de cada dia

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O fone de ouvido nosso de cada dia

Hoje em dia é muito comum andar pelas ruas e ver pessoas utilizando fones de ouvido, seja para relaxar, praticar esportes, estudar, ou até mesmo em família, na mesa de jantar. Este hábito vem aumentando cada vez mais, principalmente na vida de crianças e adolescentes, e os aparelhos eletrônicos vêm se transformando em acessórios indispensáveis para o dia a dia. Encontrado em diferentes formas e tamanhos, o uso excessivo desse acessório pode causar danos irreversíveis à nossa saúde auditiva. Listada como uma das cinco prioridades para este século, uma estimativa da Organização Mundial de Saúde é que cerca de 1,1 bilhão de pessoas dos 12 aos 35 anos de idade correm o risco de terem perdas auditivas irreversíveis porque escutam música muito alta em fones de ouvido. Isso ocorre especialmente nos países de média e baixa renda, onde cerca de 50% da população nesta faixa etária escutam música em intensidade e duração consideradas perigosas para a audição. Diante desse quadro, pesquisas apontam que o uso excessivo e a exposição a sons intensos são responsáveis pela perda de audição em cerca de 35% dos casos. Alguns aparelhos de som têm potência de até 130 dB, que é quase a mesma potência de uma turbina de avião. Principalmente nos mais jovens, este hábito muito comumente prejudica o sono, causa irritabilidade, transtornos emocionais e diminuição do rendimento escolar.

Os níveis de ruído são medidos em decibéis (dB). Quanto mais elevado, maior o volume. Os sons que normalmente encontramos em casa e nos ambientes de trabalho estão na faixa de 50 a 80 dB. Já os que passam de 120 dB causam um desconforto ao sistema auditivo, trazendo sensação dolorosa quando chegam a 140 dB. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, o ouvido humano tem mecanismos de proteção contra sons altos para breves períodos de exposição. Porém, sons acima de 60 a 65 dB tornam-se desconfortáveis e, acima de 80 dB são potencialmente lesivos para a audição. Estudos apontam que, dependendo do número de horas que você passa com o fone no ouvido, pode acabar tendo problemas de audição a longo prazo. Quanto maior o volume, maior o risco, e menor o tempo recomendado para ficar com o fone. Se estiver a 85 dB, por exemplo, é possível ficar 8 horas por dia, e em 100 dB, o tempo máximo diminui para uma hora de exposição. Já com 115 dB, o limite de tempo cai de forma geométrica para apenas 7 minutos.

O uso de fones que são inseridos no canal auditivo leva o som diretamente à membrana timpânica, sem nenhuma barreira de proteção às estruturas da orelha interna. Por sua vez, os fones tipo concha são menos agressivos, porque eles estão mais longe das estruturas do ouvido. O uso consciente do fone de ouvido poderá diminuir consideravelmente a chance de perda de audição irreversível, principalmente para as pessoas de maior risco, quando têm história familiar ou já apresentam alguma queixa auditiva, como zumbido e sensação de ouvido abafado, por exemplo. Além destes sintomas, é também destacada a dor de ouvido e a dificuldade de compreender a fala em ambientes ruidosos. Ansiedade, tontura, aumento da sensibilidade no ouvido, estresse e dor de cabeça são outros sintomas vistos com certa frequência na prática clínica. O fato é que os aparelhos de som frequentemente ultrapassam o limite de 100 dB. Como não temos, geralmente, como medir este nível de volume no dia a dia, existe um cálculo simplificado que ajuda a evitar problemas: o interessante é deixar sempre em no máximo 60% da capacidade do aparelho. Para utilizar os fones é preciso ter bom senso e escutar em um volume que seja capaz de compreender a fala e outros ruídos externos. Também é importante não utilizar por muito tempo seguido, mas com algumas horas de descanso, respeitando o limite de até quatro horas por dia. Pois é bem provável que, em um futuro próximo, tenhamos mais idosos com problemas de audição do que nas gerações anteriores, justamente por causa do hábito da exposição a ruídos intensos. A surdez causada por essa exposição vai acumulando ao longo dos anos, e a prevenção ainda é a melhor forma de evitar a perda auditiva.

Cristiane Teixeira
Otorrinolaringologista – Membro do Corpo Clínico NOOBA
CREMEB: 18333 / RQE: 7098

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